In Extremis
Esta peça é o resultado da colaboração com o biólogo e endocrinologista Dr. C. Loren Buck da Universidade do Norte do Arizona. Nosso objetivo conjunto foi retratar musicalmente o ciclo anual dos esquilos-do-ártico, criaturas notáveis que hibernam por mais de seis meses com temperaturas corporais abaixo de zero. Através desta composição, tentamos encapsular a essência de sua existência e chamar atenção para as crescentes ameaças que enfrentam, devido ao aquecimento global.
Junto com o Dr. Buck, elaborei a seguinte estrutura para a peça, que reflete eventos-chave na vida das esquilos-do-ártico e na paisagem do Alasca:
A composição tem início em junho, na temporada em que as fêmeas do esquilo-do ártico dão à luz. Em seguida, acompanha sua jornada pelos diferentes estágios de dispersão dos filhotes, acúmulo de gordura e hibernação, culminando em seu período de acasalamento em maio.
Musicalmente, cada elemento é impregnado com um leitmotif. Por exemplo, o início de cada mês é marcado por pizzicatos, enquanto os períodos de hibernação das fêmeas e dos machos são denotados por harmônicos A5 e D4, respectivamente.
Esperamos que esta estrutura distinta e uso de leitmotifs permitam aos ouvintes, independentemente de sua experiência musical, seguir a narrativa e compreender o ciclo anual na vida de um esquilo-do-ártico.
Alexander Liebermann
para quarteto de cordas
Betina Stegmann
Violino
Nascida em Buenos Aires, Betina Stegmann aprendeu e estudou violino em São Paulo com Lola Benda, continuando-os com Erich Lehninger. Diplomou-se pela Escola Superior de Música de Colônia, onde cursou violino com Igor Ozim. Logo após, seguiu para Israel, onde se aperfeiçoou com Chaim Taub em Tel Aviv. Mais tarde frequentou cursos ministrados por Pinchas Zukerman e Max Rostal. Ex-integrante do Quinteto D’Elas, com quem ganhou em 1998 o Prêmio Carlos Gomes na categoria de música de câmara, é spalla da Orquestra de Câmara Villa-Lobos e professora de violino na Faculdade Cantareira. Como recitalista e solista, apresentou-se em várias cidades do Brasil, Argentina, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Bélgica. Realizou gravações nas rádios WDR (Alemanha) e na RAI – Trieste (Itália), estreando obras de compositores contemporâneos.
Nelson Rios
Violino
Sob orientação de Maria Lúcia Zagatto e posteriormente de Elisa Fukuda estudou na Escola de Música de Piracicaba. Participou dos principais festivais de música no Brasil (Campos do Jordão, Brasília, Londrina e Curitiba) e em Mendoza, na Argentina. Bacharel em música pela Faculdade Mozarteum, graduou-se também em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Como bolsista da Fundação Vitae, frequentou a Carnegie Mellon University em Pittsburgh, EUA, em 1996. Integrou a Orquestra Sinfônica da Paraíba, de Câmara de Blumenau e a Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, entre outras. Como professor, lecionou na Escola Municipal de Música e em importantes Festivais no Brasil e no exterior. Atualmente é membro das orquestras de Câmara Villa-Lobos e Sinfônica da USP.
Marcelo Jaffé
Viola
Aos seis anos de idade, orientado pelo pai, Alberto Jaffé aprendeu violino. Em 1977, aos 14 anos, passou a tocar viola, ganhando, no mesmo ano, o 1º Prêmio no Concurso Nacional da Universidade de Brasília. Após aperfeiçoamento na Universidade de Illinois e no Centro de Música de Tanglewood, nos Estados Unidos, apresentou-se em vários países, participando de destacados conjuntos camerísticos e orquestrais. Atuou como Maestro da Kamerata Philarmonia e foi diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. Atualmente, é professor de viola da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e apresentador da Rádio e TV Cultura
Rafael Cesario
Violoncelo
Mestre pela Universidade de São Paulo, obteve o diploma de Perfectionnement no Conservatoire départemental du Val de Biévre (França), na classe de Romain Garioud. Teve aulas com Eduardo Bello, Antonio Meneses, Alisa Weiterstein, Peter Szabo, Dennis Parker, Pieter Wispelwey, Sol Gabetta, entre outros. Como solista, tocou com a Orquestra do Theatro São Pedro, Orquestra Sinfônica de São José dos Campos, Camareta Fukuda. Como camerista, atuou ao lado de músicos como Lorenz Nasturica, Mathieu Dufour e Andreas Wittmann, da Filarmônica de Berlim. Foi professor no Festival Internacional Violin Festspiele Brazil, onde solou com Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência do de Henrik Schaefer. É professor no Instituto Baccarelli, integra o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo e se apresenta regularmente com Cristian Budu, Yuri Pingo, Sonia Rubinsky, Leandro Roverso e Marcos Aragone.